quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Prefiro crer em Papai Noel.



O tempo é quente e monótono.
As coisas se repetem de tal maneira,
que me sobe a boca uma ânsia.
Enojado,
vomito os fatos uniformes sobre meus pés.
.
O ano é novo,porém a vida é mesma.
Um mar de esperanças cadentes que duram apenas durante o sorriso da fuga.
Um sorriso que serve de presságio para passagem dos sonhos.
Um sorriso sem porque,
apenas existe para alimentar o nada,
que se repete por convenção,
alienação.
.
Todos sorrindo comendo a mesma ração.
.
A palavra desígnio é muito cogitada,
antônima à realização.
Mudança!
Essa sim merece uma tributo pois foi extinta.
O suor escorre,
dizem que é o aquecimento global.
Eles insistem em procurar denominações e desculpaspara o próprio erro.
Ignorantes homicidas,ou kamikazes?
E ainda aplaudem o magnífico desenvolvimento da tecnologia.
Nada mais do que uma tentativa de tentar suturar o ferimento que eles mesmo fizeram.
.
Cegos,
somos todos tolos e cegos.
.
Estamos nos matando.
Os anos passam e se acarretam nas costascomo estrelas por hora cadentes,
agora mortas.
Finda-se mais um capítulo dessa tragédia.
Genocídio,homicídio,ou suicídio?
Holocausto,
na TV a alegria que mascara um mundo infausto.
Preterimos a evolução do vocabulário.
.
Não "concretamos" apenas o chão,
petrificamos as rosas,
e os sonhos de um povo ingênuo.
.
Estagnamo-nos.
Densificamo-nos.
Como espesso óleo que escorre pelas ruas,
apenas rastejamos.
.
Nódoa do tempo impregnada na vida
.
Um aglomerado de parasitas alicersando-sena superfície de uma miragem.
Nos fardamos a ter que não mais viver,
e sim suportar os dias que passam com ardor no olhar.
Colocamo-nos sentados para assistir nossa própria destruição em penúria.
Engolimos os segundos uma a um,
que descem secos e amargos
Sem brilho nos olhose sem vigor.
.
Nossa pele virou casca,
nossa vida virou caça.
.
E agora,
apenas esperamos tudo acabar
num amanhã que não chega,
num hoje que não passa.


Saulo Figueiredo.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Overture

Permissão para discordar não é um mero blog revoltado sem causa como muitos podem antever pelo nome. Lógico que somos filhos da revolução e carregamos um pouco disso conosco, mas a causa do título é a liberdade de expressão. A tolerância, tão ausente em nossos tempos, para falar e principalmente para ouvir, tanto o que se concorda como o que se discorda. E como diria o grande Machado: “E é o pior que lhe pode acontecer, pois o melhor dos títulos é ainda aquele que não precisa de explicação”.

Um pouco de método não mata ninguém, portanto deixo claro que quem posta neste blog sou Eu, Thales, e Saulo, cada um com suas opiniões particulares, por isso não deduzam que concordemos com tudo que o outro diz.


Thales