sexta-feira, 24 de agosto de 2007

O associacionismo é inerente ao nonsense



A juventude transviada faz seu trottoir

Somos crianças como ontem

Assaz primatas

No prólogo do trote

Somos eqüídeos ou calouros?


Ainda erramos como nos tempos das cavernas...

Ainda queimamos na fogueira...

Ainda estamos presos à cruz...

Até quando?


A juventude transviada faz seu trottoir


Todo o mundo quer

O mundo não quer


Quem manda em quem?

Quem manda em si?


Seres obscuros...

Na escuridão do anonimato


Poucos sabem a direção.

A tortura. O trabalho. O tradutor. O traidor.

Ainda bebemos cicuta!


Eles deixaram mapas em suas pegadas...

Nós ainda queimamos a essência deveras humana


Quem segue o genoma não chega lá...

Quem segue o lado obscuro da lua...

Quem vai ao sabor dos ventos...

A nau à deriva que não ajusta as velas...

Sequaz de toda massa...

Condicionado pelas circunstâncias

Quem não surfar vai dançar


A juventude transviada faz seu trottoir


O razoável é não ser razoável.

O status quo e o dever ser.

Entre Friedman e Marx. [seria divino se não fosse comédia]

Bernada e Bernstein...

Precisamos de um Maharishi ou de um Führer?

Precisamos de um partido ou da união?


A escolha da solidão

A incapacidade das pessoas de oferecerem companhia.


Os blocos econômicos e a economia global...

Kant you see?

A verdade lá…

Lá ri lá

lá ri lá

Kant Kant

[Cantando ainda que a chuva seja cítrica e o alívio lento]

A linda serenata do amigo de Deus


A humanidade transviada faz seu trottoir...



Thales Peixoto

domingo, 19 de agosto de 2007

Eterno retorno jamais visto



Estou rompendo há anos com um passado.

Eu nunca fui...

... Totalmente, eu sempre quis.


Não achei você.

Idealizei, Você não foi Hegel.

Foi um misto de Schelling platônico,

Ao som da lira de Álvares...


Mas já?

Chegaste?

Despercebido, eu, [que] só...

Somente, eu, desculpa, não vi...


Que a força do teu silêncio

Conduz-me

Retira-me toda a fé

Afetar-me-á enquanto perdurar...


Se eu tivesse a força que eu penso que você tem...

Falaria...

Não mais desesperadamente escreveria...


[...]


Eu não quero mais a liberdade.

Eu protesto contra a turba.

Eu defendo a multidão.


Sou determinado.

Quem sou eu? Quem são eles? Quem nós pensamos que somos?


A opinião. A quintessência. A aparência. A filosofia.


Irresistivelmente lhe digo sim.

Nenhuma desatenção nutriria um não...

Compreendo que deve ser assim.

Liberdade ululante.


Mergulhar em seu profundo ego[ísmo]

Solidariedade, humanos?! Onde estais que não me responde?


Não, não...

A revolução nos iludiu...

A fraternidade, liberdade e igualdade,

A você[s] é um lema da ilusão...



Thales Peixoto

sábado, 18 de agosto de 2007

Raios, Ondas, Médiuns, Mentes...



A Ciência do século XX, estudando a constituição da matéria, caminha de surpresa a surpresa, renovando aspectos de sua conceituação milenar.

Não obstante a teoria de Leucipo, o mentor de Demócrito, o qual, quase cinco séculos antes do Cristo, considerava todas as coisas formadas de partículas infinitesimais (átomos), em constante movimentação, a cultura clássica prosseguiu detida nos quatroprincípios de Aristóteles, a água, a terra, o ar e o fogo, ou nos três elementos hipostáticos dos antigos alquimistas, o enxofre, o sal e o mercúrio, para explicar as múltiplas combinações no campo da forma.

No século 19, Dalton concebe cientificamente a teoria corpuscular da matéria, e um maravilhoso período de investigações se Inicia, através de inteligências respeitabilíssimas, renovando idéias e concepções em volta da chamada “partícula indivisível”.

Extraordinárias descobertas descortinam novos e grandiosos horizontes aos conhecimentos humanos.

Crookes surpreende o estado radiante da matéria e estuda os raios catódicos.

Röntgen observa que radiações Invisíveis atravessam o tubo de Crookes envolvido por uma caixa de papelão preto, e conclui pela existência dos raios X.

Henri Becquerel, seduzido pelo assunto, experimenta o urânio, à procura de radiações do mesmo teor, e encontra motivos para novas indagações.

O casal Curte, intrigado com o enigma, analisa toneladas de pechblenda e detém o rádio.

Velhas afirmações científicas tremem nas bases.

Rutherford, à frente de larga turma de pioneiros, inicia preciososestudos, em torno da radioatividade.

O átomo sofre Irresistível perseguição na fortaleza a que se acolhe e confia ao homem a solução de numerosos segredos.

E, desde o último quartel do século passado, a Terra se converteu num reino de ondas e raios, correntes e vibrações.

A eletricidade e o magnetismo, o movimento e a atração palpitam em tudo.

O estudo dos raios cósmicos evidencia as fantásticas energias espalhadas no Universo, provendo os físicos de poderosíssimo instrumento para a investigação dos fenômenos atômicos e subatômicos.

Bohrs, Planck, Einstein erigem novas e grandiosas concepções.

O veículo carnal agora não é mais que um turbilhão eletrônico, regido pela consciência.

Cada corpo tangível é um feixe de energia concentrada. A matéria é transformada em energia, e esta desaparece para dar lugar à matéria.

Químicos e físicos, geômetras e matemáticos, erguidos à condição de investigadores da verdade, são hoje, sem o desejarem, sacerdotes do Espírito, porque, como conseqüência de seus porfiados estudos, o materialismo e o ateísmo serão compelidos a desaparecer, por falta de matéria, a base que lhes assegurava as especulações negativistas.

Os laboratórios são templos em que a inteligência é concitada ao serviço de Deus, e, ainda mesmo quando a cerebração se perverte, transitoriamente subornada pela hegemonia política, geradora
de guerras, o progresso da Ciência, como conquista divina, permanece na exaltação do bem, rumo a glorioso porvir.

O futuro pertence ao Espírito!

E, meditando no amanhã da coletividade terrestre, André Luis organizou estas ligeiras páginas, em torno da mediunidade, compreendendo a importância, cada vez maior, do intercâmbio espiritual entre as criaturas.

Quanto mais avança na ascensão evolutiva, mais seguramente percebe o homem a inexistência da morte como cessação da vida.

E agora, mais que nunca, reconhece-se na posição de umaconsciência retida entre forças e fluidos, provisoriamente aglutinados para fins educativos.

Compreende, pouco a pouco, que o túmulo é porta à renovação, como o berço é acesso à experiência, e observa que o seu estágio no Planeta é uma viagem com destino às estações do Progresso Maior.

E, na grande romagem, todos somos instrumentos das forçascom as quais estamos em sintonia. Todos somos médiuns, dentro do campo mental que nos é próprio, associando-nos às energias edificantes, se o nosso pensamento flui na direção da vida superior, ou às forças perturbadoras e deprimentes, se ainda nos escravizamos às sombras da vida primitivista ou torturada.

Cada criatura com os sentimentos que lhe caracterizam a vida íntima emite raios específicos e vive na onda espiritual com que se Identifica.

Semelhantes verdades não permanecerão semi-ocultas em nossos santuários de fé. Irradiar-se-ão dos templos da Ciência como equações matemáticas.

E enquanto variados aprendizes focalizam a mediunidade, estudando-a da Terra para o Céu, nosso amigo procura analisar-lhe a posição e os valores, do Céu para a Terra, colaborando na construção dos tempos novos.

Todavia, o que destacamos por mais alto em suas páginas é a necessidade do Cristo no coração e na consciência, para que não estejamos desorientados ao toque dos fenômenos.

Sem noção de responsabilidade, sem devoção à prática do bem, sem amor ao estudo e sem esforço perseverante em nosso próprio burilamento moral, é impraticável a peregrinação libertadora para os Cimos da Vida.

André Luis é bastante claro para que nos alonguemos em qualquer consideração.

Cada médium com a sua mente.

Cada mente com os seus raios, personalizando observações e Interpretações.

E, conforme os raios que arremessamos, erguer-se-nos-á o domicilio espiritual na onda de pensamentos a que nossas almas se afeiçoam.

Isso, em boa síntese, equivale ainda a repetir com Jesus:

– A cada qual segundo suas obras.



EMMANUEL/Francisco Cândido Xavier

(Prefácio do livro Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz/Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 14 de agosto de 2007

"Perceber o que há de bom no viver é um dom"


Um tempo que passa.

O ar que circunda.

Transeuntes que passam.

Nada disso nos atém.

Quanto do universo latente deixaremos escorrer por entre os dedos?

Quantas oportunidades mais perderemos?

Transmutar reclamação em resignação para que haja mais ação.

Virar a página para que a traça traiçoeira do sofrimento não nos corroa.

Direcionar o olhar para o Sol.

Agradecer pela luz.

Seguir o caminho do vento.

São tantas possibilidades.

Não há tempo para lamentações.

Enxuga essa lágrima.

Faz essa queda te impelir para o cume.

Refaça teus caminhos.

Corrige o que falhou.

Perdoa, recomeça...

Faz tua vida entrar nos trilhos da felicidade.

Pra isso não há idade.

A questão é ter maturidade, sem ansiedade.

Melhora-te, coopera com a semeadura do bem.

Há um mundo que só quer te ver sorrir.

sábado, 11 de agosto de 2007

Precipitando-me



Tenho uma louca e desvairada atração por abismos.

Quanto mais profundo mais atraente.

Quão infinito.

Um quê de buraco negro.




Vivo para cair num deles.

Esconder-me é uma quimera anelada.

Afago do Ego.




Fascínio pela profundidade.

Pela heróica diferença.

Pela insubmissão elegante.




Revolução ao status quo.

Despercebido ao razoável e mediano.

Como se houvesse uma placa inconsciente “Não se aproxime”.

Fincada na aura mística de superioridade.




Mas eu não sou razoável, tampouco morno...

Assumo, sou inferior.

E para tanto

Alucinada, louca, delirantemente

Seduzido por abismos.




O desconhecido me move.




Caindo para subir.

Mergulhando para voar.

Eis o desvairado paradoxo de minha empreitada terráquea...



Thales Peixoto.





Ah, de vez em quando eu posto no flogão de Saulo: http://www.flogao.com.br/dalamaaocaos