
Fixo-me no devaneio.
Tão abstrato.
Plausíveis quimeras.
Desconheço.
Questiono.
Será?!
Maldizei toda indiferença do universo e do tempo.
A esmo vôo.
Insisto.
Toc toc...
Não resisto... Persisto.
Mas o que será isso?
Foi aquilo?
Um simples sinal dilataria a esperança.
Comprimiria o sofrimento.
Seria o crepúsculo de uma vida.
O incêndio de um coração gélido.
A vontade impotente nada soluciona.
O desejo que não vem à tona não equaciona.
Ninguém viu no pélago a nau à deriva.
Indiferenciada e só, ao vento do acaso.
Fixado na miragem.
No delírio, no desatino, no desafio.
Terra a vista!
Põe termo a busca.
O perímetro formoso da verdade,
É lentamente delineado com pinceis de amor.
Ao longe o vapor toma forma.
Caudaloso rio negro.
Alva costa.
Silhueta incitante.
Escárnio dos Deuses.
Thales Peixoto